55% dos trabalhadores da América Latina estão fora da previdência

O Banco Mundial acaba de divulgar um estudo indicando que 55% dos cerca de 290 milhões de trabalhadores que compõem a População Economicamente Ativa (PEA) da América Latina não contribuem para qualquer sistema previdenciário. Isso vale tanto para a previdência pública como para fundos de pensão. O principal motivo, de acordo com o estudo, é o alto grau de informalidade laboral na América Latina.  

“Alguns países, como o Peru e a República Dominicana vêm apresentando melhoras importantes, mas ainda contam com níveis de cobertura muito baixos. No extremo oposto, apenas Chile, Uruguai, Costa Rica, Argentina e Brasil apresentam níveis de cobertura que superam 50% da PEA”, diz o documento. O Chile ocupa a primeira posição: 73% dos trabalhadores contribuem para algum sistema previdenciário.
 
Conforme o estudo, entre o início da década de 1990 e o princípio da década seguinte, a cobertura previdenciária caiu em quase todos os países da região. Para o Banco Mundial, as principais razões da queda na cobertura foram as sucessivas crises financeiras e seus efeitos sobre o mercado de trabalho, a privatização de empresas públicas que empregavam um número importante de trabalhadores, as mudanças tecnológicas, a maior abertura comercial e a flexibilização das normas trabalhistas.

A análise do Banco Mundial observa, ainda, que 40% dos idosos latino-americanos não têm direito a qualquer pensão, por não terem contribuído com a previdência ao longo da vida laboral. Com informações do portal Nodal.am



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