Projeto prevê punição para o repasse indevido de salário de funcionários de agentes políticos

 
O Projeto de Lei 4381/20 criminaliza a conduta conhecida como "rachadinha", modalidade de desvio de verbas em que parte do salário de funcionários de agentes políticos é enviada para o próprio contratante. A proposta está em análise na Câmara dos Deputados.
 
O texto prevê punição para quem participar dessa prática:
 
o contratante e o contratado estarão sujeitos a pena de reclusão de 3 a 15 anos e multa;
 
o partido político dos envolvidos terá sua participação do Fundo Eleitoral reduzida à metade na eleição que ocorrer após a apuração do fato.
 
O autor do projeto, deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), afirma que é preciso criar um tipo penal claro para coibir esse tipo de conduta. "Embora seja uma prática já conhecida e considerada comum por investigadores e especialistas, não há um consenso entre juristas sobre em qual tipo penal ela deve ser enquadrada", explica.
 
"E há, inclusive, aqueles que defendem que, apesar de ser imoral, a 'rachadinha' não configura crime, embora saibamos que esse argumento não se sustenta, pelo fato de se tratar de desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito – não declarado – de autoridades e membros de partidos políticos", afirma o parlamentar.
 
O projeto inclui as previsões de punição na Lei dos Partidos Políticos e no Código Penal. Com informações da Agência Câmara 


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