Operação identifica fraude em seguro-desemprego

 
A Força-Tarefa Previdenciária deflagrou, na manhã desta sexta-feira (6), a operação Inganno, nas cidades paulistas de Campinas e Sumaré. A ação teve o objetivo de combater uma organização criminosa especializada em fraudar o seguro-desemprego. Ao todo, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Federal de Campinas.
 
Para obter os benefícios, os criminosos agiam por meio de duas empresas de serviços de escritório que criavam vínculos laborais falsos para dezenas de pessoas. As investigações, que tiveram início em 2017, identificaram mais de 180 vínculos empregatícios falsos incluídos em pelo menos nove empresas usadas pelos fraudadores.
 
O esquema criminoso veio à tona a partir de denúncia feita pela Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e de posterior análise pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. O INSS identificou que alguns benefícios previdenciários apresentavam irregularidades na concessão, já que a falsificação em vínculos laborais pode ser utilizada tanto para fraudar benefícios trabalhistas como também previdenciários.
 
A CGINT estima, a princípio, um prejuízo de pelo menos R$ 906 mil, com o pagamento indevido de seguro-desemprego, além de R$ 41 mil em benefícios previdenciários fraudulentos.
 
Os investigados responderão pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas de informação e associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 15 anos de reclusão.
 
A operação contou com a participação de oito policiais federais e de um servidor da CGINT. Recebeu o nome de Inganno, palavra em latim, em alusão ao seu significado: engano, fraude, dissimulação.
 
 


Vídeos

Apoiadores