Crise estimula saques nos planos de previdência privada

A crise econômica está obrigando quem se programou para ter uma aposentadoria mais tranquila a repensar os planos. A combinação de inflação alta, avanço do desemprego, escalada do endividamento e renda achatada está provocando um aumento dos saques nos planos de previdência privada. No primeiro trimestre deste ano, em comparação com igual período de 2015, os resgates cresceram 22% de acordo com balanço da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

Nos três primeiros meses de 2015 os saques somaram R$ 10,9 bilhões, enquanto em igual intervalo deste ano subiram para R$ 13,3 bilhões, totalizando uma diferença de R$ 2,4 bilhões.

O presidente da Fenaprevi, Edson Franco, diz que o setor de previdência privada não está imune à crise, mas que é preciso ter cautela para não desperdiçar a oportunidade de uma vida estável no futuro. Ele observa que, apesar do aumento nos saques em relação ao ano passado, a captação líquida segue positiva. "Isso mostra o compromisso do participante com a constituição de reservas de longo prazo", observa.

A captação líquida (diferença entre depósitos e resgates) no acumulado de janeiro a março foi positiva em R$ 8,1 bilhões. No ano passado o resultado foi melhor, ficando em R$ 10,9 bilhões. A arrecadação cresceu no período analisado entre os anos de 2015 e 2016, passando de R$ 20,3 bilhões para R$ 21,5 bilhões.



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