Comissão mista debaterá MP que altera pensão por morte

No último dia 25 de março, a comissão mista de deputados e senadores que analisa a Medida Provisória (MP) 664/14 definiu as datas para realização de audiências públicas com entidades sindicais, especialistas e ministros de Estado para tratar do tema. A MP faz parte das ações de ajuste fiscal do governo e muda as regras de direitos previdenciários como a concessão de pensão por morte e do auxílio-doença. As informações são da Agência Câmara.

De acordo com o plano de trabalho aprovado pelo colegiado, no dia 7 de abril está previsto debate com representantes do IBGE, da Universidade Federal de Minas Gerais, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

No dia seguinte, serão ouvidas entidades sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores, Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal e a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas.

A audiência com a presença de ministros será realizada no dia 9 de abril, em conjunto com a comissão mista que analisa outra medida provisória do pacote fiscal sobre direitos trabalhistas (MP 665/14). Foram convidados os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa; da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas; e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto.

Com a MP em vigor desde março deste ano, a pensão por morte só é concedida ao cônjuge que comprove, no mínimo, dois anos de casamento ou união estável. Antes da medida, não havia exigência de período mínimo de relacionamento. Também passou a ser necessário comprovar 24 meses de contribuição para a Previdência.

No que diz respeito ao auxílio-doença, o prazo para que o afastamento do trabalho gere direito ao benefício, pago pelo INSS, passou de 15 para 30 dias. Pela medida provisória, afastamentos de até 30 dias são de responsabilidade das empresas.

Críticas

As alterações nos direitos previdenciários foram alvo de críticas da oposição e entidades de trabalhadores. A MP 664 já recebeu mais de 500 emendas. Para o presidente da comissão mista que analisa a proposta, senador José Pimentel (PT-CE), temas polêmicos como esse devem ser analisados por etapas.

"É da tradição do Congresso Nacional fazer audiências públicas, principalmente sobre as matérias polêmicas. Terminado esse ciclo, vamos começar a conversar sobre a elaboração dos pareceres e a sua votação", ressaltou o senador.



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