Férias anuais de procuradores federais devem ser de 30 dias

O Supremo Tribunal Federal estabeleceu que as férias anuais de procuradores Federais devem ser de 30 dias, e não de 60 dias.

No julgamento, a União questionou acórdão da Turma Recursal da seção Judiciária de Maceió/AL, que decidiu pelo direito ao período mais longo, sob o argumento de que as leis 2.123/53 e  4.069/62 foram recepcionadas como LCs pelo artigo 131 da Constituição Federal e não poderiam ser revogadas pela lei ordinária 9.527/97.

Segundo a União, os 30 dias de férias anuais dos procuradores da Fazenda Nacional, advogados da União e procuradores Federais estão estabelecidos no artigo 77 da lei 8.112/90, regime jurídico dos servidores públicos, e 26 da LC 73/93, lei orgânica da AGU.

A relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, destacou que modificações na carreira podem ocorrer por lei ordinária, como aconteceu com a lei 9.527/97, que transformou em cargos de procurador Federal os cargos de procurador autárquico, com modificações instituídas pela MP 2.229-43/01.

Essas normas, segundo a relatora, não tratam de alteração da estrutura e organização da AGU. Afirmou ainda que as modificações impostas pela lei 9.527/97, que revogou leis anteriores sobre organização da carreira, não ofendem a Constituição Federal.

Quanto à alegada equiparação das carreiras de procuradores autárquicos, hoje federais, com os membros do Ministério Público Federal, a relatora entendeu ser juridicamente inadequada. "Não faz sentido, juridicamente, que o órgão que exerce as funções justificadoras da equiparação, a AGU, não tenha as prerrogativas do membro do MPF, e aqueles que se beneficiavam daquela equiparação mantenham tal prerrogativa." Com informações do STF.



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