Previdência aberta supera fechada em cinco anos

O patrimônio da previdência privada aberta deve superar os ativos dos fundos de pensão (previdência fechada) dentro de cinco anos, segundo estimativa do presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Osvaldo do Nascimento. As informações são do jornal DCI.

Segundo balanço da entidade, a carteira de investimentos da previdência aberta fechou junho deste ano com R$ 401 bilhões em ativos, uma expansão de 12,14% em relação a junho de 2013.

Já o patrimônio dos fundos de pensão, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), fechou o mesmo mês com R$ 667,8 bilhões, alta apenas de 6,03% em relação ao junho de 2013.

Cruzando os patrimônios, a carteira da previdência aberta precisaria, hoje, crescer 66,5% para alcançar a previdência fechada.

"A indústria de fundos de pensão está pagando mais subsídios do que recebendo contribuições. Ela está parada", justificou Nascimento. "Como nossa indústria [de previdência aberta] recebe mais do que gasta, ela cresce mais e em cinco anos tende a ficar maior", completou o especialista.

De acordo com ele, há cinco anos o mercado de previdência aberta representava menos de 25% do patrimônio das previdências privadas. "Hoje, nós já somos mais da metade", disse.

Nascimento ressaltou, no entanto, que a contratação de novos funcionários pelo setor público tende a alavancar os fundos de pensão e impulsionar o crescimento do mercado.

Para Nascimento, os brasileiros têm enraizado na cultura uma dependência muito grande do Estado. No caso da previdência, de acordo com ele, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cria um colchão que limita o crescimento da previdência complementar (que engloba as previdências aberta e fechada).

"O Brasil tem um previdência social muito forte e tem um teto [de benefício] que é muito maior que a renda média dos brasileiros", observou o presidente da Fenaprevi. "Quando você pega os Estados Unidos, por exemplo, a previdência social é fraca. Se não tiver previdência privada você está perdido", completou.

O especialista afirmou que o paternalismo vai além da previdência, chegando a todos os setores, até mesmo na morte - a população, normalmente, tem o auxílio das prefeituras nos funerais.

 



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