Operações desarticulam quadrilhas que fraudavam benefícios do INSS no Sul e Nordeste

A Força Tarefa Previdenciária realizou operações em Caruaru (PE) e nas nas cidades gaúchas de Santa Maria, São Martinho da Serra, Viamão, Cidreira, Osório e Porto Alegre para desarticular quadrilhas responsáveis por fraudes de bene ficíos previdenciários.

Em Caruaru, a operação resultou na prisão de 13 pessoas envolvidas em fraudes contra a Previdência Social. A organização criminosa era comandada por um empresário com a participação de duas contadoras que inseriam vínculos empregatícios falsos no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), por meio de Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIPs) irregulares. A quadrilha utilizava registros civis falsos de óbito e casamento para comprovar vínculo entre o instituidor e o titular/dependente. As concessões dos benefícios partiam da agência da Previdência Social de Canhotinho (PE).

A organização usava o dinheiro obtido ilegalmente para comprar veículos de luxo, imóveis e embarcações aquáticas. Uma rede de postos de combustíveis era utilizada como laranja para lavar o dinheiro proveniente das fraudes. Os bens foram todos apreendidos pela Polícia Federal.

O prejuízo aos cofres públicos foi estimado em mais de R$12 milhões. Durante a investigação, a Polícia Federal conseguiu ainda evitar o pagamento de mais R$ 300 mil que seriam liberados pela quadrilha.

Sul

Já nas cidades gaúchas a operção resultou no cumprimento de seis mandados de prisão preventiva, 20 de busca e apreensão e 12 mandados de condução coercitiva.

Segundo as investigações, a organização criminosa era composta por advogados, contadores e despachantes que inseriam dados falsos nos sistemas da Previdência Social, utilizando-se do cadastro de empresas fictícias. Em seguida, eram registrados vínculos empregatícios falsos em carteiras de trabalho e posteriormente inseridos no sistema da previdência. Nessa ação, eram concedidos indevidamente auxílios-doença e aposentadorias por tempo de contribuição.

O Ministério do Trabalho e Emprego também foi alvo da ação da quadrilha. A fraude era relativa a concessão de seguros-desemprego, que gerou um prejuízo ao poder público em torno de R$ 2 milhões.

As buscas foram realizadas em residências, escritórios contábeis e advocatícios, além de prédios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em face da suspeita de envolvimento de servidores do Instituto.
 



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