Previdência privada volta ao radar de investimentos

Juro a 11%, de volta aos níveis de 2011, e proximidade do fim do ciclo de alta da taxa Selic. Uma combinação que, ao pressupor um cenário menos turbulento para as aplicações financeiras, especialmente a renda fixa, fez voltar o apetite pela previdência privada mais conservadora. Em abril, os fundos que recebem recursos de planos PGBL e VGBL tiveram uma aceleração no ritmo de captação, ao atrair R$ 2,31 bilhões, volume 36,7% maior se comparado com o registrado em março. As informações são do jornal Valor Econômico.

Como de praxe, o fluxo foi concentrado no segmento de renda fixa, com R$ 2,74 bilhões, aponta pesquisa realizada pelas consultorias NetQuant e Towers Watson. Todas as demais categorias, multimercados e fundos com ações, seguiram perdendo recursos.

A retomada das aplicações vem após um 2013 e início de ano muito ruim para a previdência aberta. No ano passado, os gestores, obrigados por uma resolução do governo a iniciar o alongamento do prazo médio de suas carteiras, com exposição maior em títulos prefixados e mais longos, foram pegos no contrapé pela volta do ciclo de alta de juro, o que minou a rentabilidade dos fundos e levou à fuga de investidores. Em julho, pela primeira vez em cinco anos, os saques superaram as aplicações, movimento visto novamente no início deste ano.

Agora, apontam os especialistas, tudo indica que o período de forte instabilidade, pelo menos para a renda fixa, ficou para trás.



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